Mimoso do Sul

Deliciosa calmaria te espera

Conhecida por seu turismo histórico cultural Mimoso do Sul é rica em atrativos arquitetônicos, com dezenas de fazendas do século XIX com jardins franceses, plantações de café e senzalas. No Centro é possível observar as chácaras com arquitetura no estilo Art Nouveau e Art Déco, construídas no século passado.

Montanhas suntuosas, vegetação preservada, relíquias históricas, uma cidade gostosa e aconchegante que possui charmosas construções históricas e recantos naturais perfeitos para amantes do ecoturismo. Foi pra essa cidade calma e de belas paisagens que segui viagem. Comecei pelo ponto turístico mais famoso da cidade, o Cristo Redentor erguido em um monte com quase 130 metros de altura, a estrada possui 30 metros e foi inaugurada em 1982. Do mirante é possível conferir um visual panorâmica da cidade e suas montanhas.

O Sítio Histórico São Pedro de Itabapoana fica há 30km do Centro e me lembrou muito a cidade mineira Ouro Preto. Patrimônio histórico do Espírito Santo, andar pelas ruas de São Pedro de Itabapoana e admirar as construções do início do século XX é uma verdadeira volta ao passado.

A Igreja Nossa Senhora da Conceição e a Capela Santa Teresinha são duas das igrejas que você vai encontrar pela cidade.

Se tem um lugar peculiar em Mimoso do Sul este é o Aquário do Pirarucu, o local vende o peixe e tem pretensão de ser uma área de lazer, em breve.

A Estação ferroviária foi inaugurada pelos ingleses em 1896, eles eram os donos, e a empresa se chamava Leopoldina Railway. Nos anos sessenta, o pioneiro trem de passageiro, era uma Maria Fumaça, movida à lenha, e se chamava de Noturno. O comboio, saía à noite para o Rio, e voltava no dia seguinte.

Praça Cel. Joaquim Paiva Gonçalves

O espaço cultural Teatro Stênio Garcia recebeu este nome para homenagear ao ator que é nascido na cidade, em 1932. O teatro possui 270 lugares construído em estilo italiano.

Outro local cultural na cidade é o Museu São Pedro de Alcântara, instalado em 2002 num casarão do século XIX, possui móveis, espelhos, pratarias, estátuas, objetos e outras relíquias pertencentes a antigos moradores da região.

Mimoso do Sul também tem cachoeiras! A Cachoeira do Paraíba com seus 12 metros de altura e uma vegetação exuberante em meio à natureza é uma excelente opção d elazer. Ainda tem a Cachoeira das Garças, Cachoeira São Pedro das Torres, Pocitos e a Corredeira do poço D’antas.

Para chegar ao topo dos 1191 metros de altitude da Pedra Estrela d’Alva é preciso fazer uma trilha de 4km para ter a vista espetacular do mirante, lugar ideal para contemplar a natureza

O Pico dos Pontões tem 1938 metros de altitude e é o ponto mais alto da cidade. O local é muito procurado para quem quer andar de motocross, fazer escaladas, voar de parentes ou somente apreciar a paisagem de cima, um visual de encher os olhos.

E assim, foi minha passagem pelo município de Mimoso do Sul… Fica aqui a minha sugestão. Prontos para a próxima viagem? Continuem acompanhando a coluna e o programa DAQUIPRALI na Rede TV! E quero a participação de vocês através do Instagram @daquipraliviagem. Me conta se você conhece a região e o que você achou da cidade. Até a próxima!

 

FOTOS: DAQUIPRALI, GOVERNO DO ESTADO DO ES, PREFEITURA DE MIMOSO DO SUL E IMAGENS DA INTERNET

Geylla Sall

mimoso do sul

"mimosense"

67 anos após o descobrimento do Brasil, o interesse de franceses e holandeses em apropriarem indevidamente as terras descobertas, gera conflitos entre aqueles que primeiro se estabeleceram, neste caso, os portugueses. Batalhas são travadas para preservação e conquista de terras. Os índios Tupinambás e Tamoios juntam-se aos franceses, enquanto Puris Coroados e os temíveis Temiminós, chefiados por Araribóia, lutam bravamente ao lado dos portugueses que vencem o conflito, expulsando Nicolas Durand de Villegagnon das capitanias de São Tomé e Espírito Santo. E assim Araribóia funda as localidades de Carapina (ES) e Niterói (RJ).

O desbravamento da região se deve as missões dos jesuítas, em especial aos padres José de Anchieta e Almada que construíram o altar de “São Pedro Apóstolo” em 1579, que duraram exatos 200 anos até que toda missão fosse expulsa em 1759. Durante o período, a localidade “Vila da Rainha” surge cercada por intensa mata e etnias indígenas. A verdadeira localização da polêmica Vila da Rainha ainda é um grande mistério para pesquisadores e até mesmo arqueólogos da região Norte Fluminense. Se a Vila foi construída na ponta do Retiro, exatamente no encontro do Managéa (Itabapoana) com o mar ou aqui mesmo próximo à Cachoeira do Inferno, não posso afirmar por não possuir provas convincentes, mas o que aqui consta tem como base informações contidas no livro “Páginas de Nossa Vida”, do escritor Grinalson Francisco Medina.

 

Segundo relato feito pelo escritor, a Vila se estabeleceu do outro lado do Rio Managéa (Itabapoana), ou seja, nas terras do Estado do Rio de Janeiro e, exatamente do lado de cá ficam as terras de  Mimoso do Sul no Espírito Santo, onde mais tarde foi construído o Porto da Limeira do Itabapoana. Tudo leva a crer que uma Vila se estabeleceu à margem fluminense do rio e devido à dificuldade em transpor as corredeiras e cachoeiras do Managéa (Rio Itabapoana) denominada “Inferno”, seus desbravadores se viram obrigados a permanecer e o desenvolvimento aconteceu com a construção de engenho, igreja, porto fluvial para transporte da Vila a foz com oceano, pois grande parte do rio era navegável naquele tempo, além de casas (atualmente alicerces e restos destas ainda podem ser vistas por ali, tornando-se alvo de pesquisadores e arqueólogos do Estado do Rio de Janeiro).

 

A Vila prosperou com edificações importantes, mas muita intriga foi descoberta tempos atrás. Em escavações, pesquisadores encontraram uma extensa rua “Pé de Moleque”, estilo de São Pedro do Itabapoana (Mimoso do Sul). Diante do fato surge a dúvida: se a antiga Vila foi construída logo após o descobrimento do Brasil, pelo próprio Donatário da Capitania Pero de Gois da Silveira, o estilo de calçamento não pertence à época, mas teria sido somente empregado de 1760 a 1860, ou seja, 200 anos depois. Mas temos que prestar atenção e lembrar do Porto da Limeira que teve forte concentração comercial em meados da época e poderia ter sido agraciado com esta rua ajudando consideravelmente o movimento e oferecendo melhores condições aos moradores, trabalhadores e comerciantes.

 

Certamente os laços comerciais dos confrontantes eram harmônicos pelas dependências financeiras e mesmo que o Porto da Limeira tenha vindo anos depois da Vila, ainda ocorreu o comércio entre ambos. A Vila da Rainha teve vida curta devida à presença constante de índios que não se habituavam ao homem branco. Aliado a isso, toda a região era duramente atacada por mosquitos e as doenças infectocontagiosas malária, tifo e crupe dizimavam os moradores. Com a expulsão dos jesuítas e abandono dos moradores da Vila da Rainha, as terras do norte (lado capixaba) foram arrematadas em hasta pública pelo Capitão Antonio Pereira da Silva Viana, em 1776, e o centro da atividade, na época ainda ficava por conta da Aldeia de Camapuana.

 

Desta forma um povoado iniciou-se na localidade denominada “Limeira” que logo se transformou em importante porto fluvial para transporte de café, madeira e grande rota para tráfego de escravos que utilizavam uma trilha passando por Dona América, com destino as grandes fazendas dos tempos dos coronéis e do ciclo do café. O porto situa-se quase na confluência do Rio São Pedro e transformou-se em ponto de contato entre mineiros, fluminenses e capixabas. Foi daí que tudo começou…

 

O Porto da Limeira fica em terras do atual município de Mimoso do Sul (ES), margem do Rio Managéa ou Itabapoana. Acredita-se que a malária foi o maior obstáculo para o desenvolvimento e assim seus desbravadores buscaram as terras altas para se estabelecerem, seguindo sempre em direção a nascente do Rio São Pedro e Rio Muqui do Sul, intitulado “Moschi” e na língua indígena significa: MOS (a pedra no campo ou no vasto horizonte, uma referência clara ao Pico dos Pontões, ponto culminante da região) e CHI (o espanto, a admiração, ou seja, a água que brota e segue pela terra). Estes rios são afluentes naturais do Rio Managéa e assim foram desbravando nossa região e seguindo sempre na direção norte/oeste pela margem.

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo – SETUR/ES 

SUGESTÃO DE VÍDEO

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