Geila Salomão Santos — ou, como alguns me conhecem, Geylla Sall. Mineira de nascimento, capixaba de coração. Sou publicitária, jornalista e apaixonada por viagens. Sempre que posso, arrumo a mochila e saio por aí — daquiprali, dalipralá, daquidali…
Moro no Espírito Santo e me orgulho de conhecer os 78 municípios capixabas. Agora, sigo firme no meu próximo objetivo: explorar os “27” estados brasileiros.
Neste espaço, compartilho minhas experiências, dicas e curiosidades sobre cada lugar por onde passei — tanto no Espírito Santo quanto pelo Brasil e pelo mundo à fora. Aqui, cada destino tem uma história, uma descoberta, uma memória.
Estou sempre pronta para viajar e como disse Amyr Klink: “Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir.”
E é exatamente isso que venho fazendo — transformando sonhos em caminhos reais.
Poucas experiências de viagem se comparam à sensação de atravessar metade de um continente por terra. Foi isso que vivi ao embarcar na Trans Acreana, a maior linha de ônibus do mundo, que liga o Rio de Janeiro ao Peru, cruzando boa parte do Brasil até alcançar a fronteira amazônica.
Foram dias intensos de estrada, paisagens que mudavam como cenas de um filme: do litoral carioca ao coração da floresta, passando por serras, rios imensos, cidades pequenas e capitais cheias de vida. O calor tropical deu lugar à umidade amazônica, e o português foi, aos poucos, sendo substituído pelo espanhol, até que a fronteira do Peru nos deu as boas-vindas.
Não é apenas uma viagem de longa distância — é uma aventura sobre rodas, uma travessia que conecta culturas, biomas e realidades. Dormir ao som do motor, acordar em cidades que eu jamais pensaria visitar, provar comidas típicas nas paradas de estrada, ouvir histórias de passageiros que vinham de todos os cantos: tudo isso fez parte dessa jornada inesquecível.
Chegar ao destino foi emocionante, mas o caminho… ah, o caminho foi o verdadeiro espetáculo. Viajar com a Trans Acreana foi mais do que atravessar países — foi atravessar a mim mesmo. Uma daquelas experiências que ficam marcadas não só no passaporte, mas na alma.