São José do Calçado

Encante-se por São José do Calçado

Simpática e bucólica cidade, localizada a 238 km de Vitória, está São José do Calçado que fica no extremo Sul do Espírito Santo e faz divisa com Rio de Janeiro, a cidade é um dos 11 municípios que faz parte da rota do Caparaó.

 

O município vive num contesto tipicamente rural, fator que agrega valores a atratividade turística do Caparaó, que oferece o esplendor da cadeia rochosa, cachoeiras e corredeiras. O agroturismo, o ecoturismo e o turismo de aventura, desenvolvidos de forma planejada e sustentável garantem melhor qualidade de vida e melhor utilização do patrimônio natural local.

Por que o topônimo?

Moradores relatam que o nome da cidade São José do Calçado veio do fato de terem adquirido na Corte, com o sacrifício de uma viagem penosa e longa, uma imagem do santo de sua devoção, que tinha nos pés sandálias, que vieram causar espanto aos devotos, que só compreendiam um santo descalço, mas acabaram aceitando a imagem como a representação do Pai Adotivo do Criador.

Atrações de Calçado

Calçado, como é conhecida, encanta por suas ruas estreitas de paralelepípedos e suas montanhas. Sua praça e a igreja matriz, de mais de 120 anos, e sua pintura no teto são atrativos famosos por ocupar um lugar privilegiado na cidade por estar visível de quase todos os pontos da cidade. Localizada em um ponto mais alto da cidade a Igreja Matriz São José é um dos pontos que não passa despercebida quando se chega a cidade, ela encanta a todos que passa por ali.

Segundo antigos moradores, a Igreja Presbiteriana já foi cenário de intolerância religiosa. o templo foi a primeira igreja evangélica da cidade e do Espírito Santo (1907), por isso, alguns católicos não aceitavam e achavam que atrapalharia a crença do povo, com isso, em 1909 a igreja foi depredada e sofreu um incêndio mas, ao invés de destruir a igreja, em 1912 muitos moradores se uniram para reerguê-la e fez dela uma igreja pomposa que encanta e chama a atenção de quem passa.

Na Praça Pedro Vieira está o busto do seu fundador Pedro Nolasco Vieira de Rezende, é a principal praça da cidade, nela que fica a igreja matriz e aos fins de semana, é aqui que as famílias se reúnem para a criançada brincar, encontrar os amigos ou simplesmente passar o tempo.

Biblioteca Pública Municipal Dr. Homero Mafra conta com cerca de treze mil volumes abordando diversos assuntos, inclusive livros de escritores locais.

Usina São José foi parte de um sonho de um senhor que desejava o progresso para a cidade, foi construída para ser uma usina de açúcar e gerar empregos, mas um pouco antes da inauguração, o senhor veio a falecer e hoje são só ruínas abandonadas, sem destino, usadas para ensaio fotográfico e espaço para brincar de paintball.

No Centro histórico você vai encontrar muitas construções da década de cinquenta e alguns casarões e casas da década de vinte e trinta. A Escola Municipal Manoel Franco e o Ginásio Municipal são construções que você vai se deparar ao andar pelo Centro.

A 13 km do centro de São José de Calçado e a 885 metros de altura está a Rampa de Arituba, o visual é espetacular, e dá para ver as montanhas de três estados: ES, RJ e MG, o que atrai parapentistas capixabas, mineiros e fluminenses. Então, se você curte parapente e asa-delta, este é o local ideal para a prática de esportes de voo livre.

Pedra do Jaspe o atrativo possui 910 metros de altitude. Na subida é possível ver muitas flores, samambaias, orquídeas… Seu topo é tão espaçoso que dá até para acampar.

Com 1.245 metros de altitude, na Pedra do Pontão, principal atrativo da cidade, é possível praticar esportes radicais, entre eles rapel e trilhas no meio da mata onde há muitas bromélias e samambaias. Quem conseguir chegar ao topo pode assinar o livro de registro, deixado pelo Centro Excursionista Brasileiro.

Opções para banho de cachoeira não faltam

 

Cachoeira da Fumaça possui águas claras e antes da sua queda d’água forma um poço para banho, seu entorno é de mata nativa, árvores e bambus.

 

Cachoeira do Pático de águas turvas e frias é formada a partir de um córrego que passa no local, escorre sobre paredão de pedras e forma um pequeno poço onde é possível tomar banho. O entorno é de mata densa e há pastos nas proximidades.

Antigos e pomposos casarões

 

Casarão Fazenda do China é composto por dois pavimentos: porão e residência, sendo que a entrada principal é pelo porão e no interior da sala principal existem pinturas do início do século XX, carentes de restauração especializada.

 

Casarão Fazenda Boa Esperança sua entrada principal atravessa um pátio com plantas e palmeiras seculares. Por estar desabitado, apresenta alguns aspectos de abandono. Mantém suas esquadrias, estruturas de madeiras, paredes, telhados e muros de pedra.

Casarão Fazenda Pouso Alto apresenta alpendre com detalhes de madeira trabalhada, uma raridade na região, denotando a riqueza dos primeiros proprietários. Permanece as paredes de estuque e o telhado canal. A área de cozinha e de serviço aparece com diferenças de estilo ao mostrar azulejos e piso cerâmico. Constitui-se de dois pavimentos em plena utilização.

 

Casarão Fazenda da Serraria a parte da residência corresponde a cozinha, área de serviço e varanda. Após reformas, a estrutura foi modificada em relação ao original, mas a maioria do espaço se manteve bem próximo do original, com paredes de estuque e estrutura de madeira.

Casarão Fazenda Alto Calçado conserva praticamente todas as características originais da construção, apresentando paredes de estuque, telhado em telha canal e o alpendre como entrada principal.


Casarão Fazenda do Areal, Casarão Fazenda Memória, Casarão da Fazenda Segunda, Casarão Fazenda do Pavão, Casarão da Propriedade de Pedro Cravinho e Casarão Fazenda da Alegria são outros casarões que podem ser visitadas em São José do Calçado.

E assim, foi minha passagem pelo município de São José do Calçado… Fica aqui a minha sugestão. Prontos para a próxima viagem? Continuem acompanhando a coluna e o programa DAQUIPRALI na Rede TV! E quero a participação de vocês através do Instagram @daquipraliviagem. Me conta se você conhece a região e o que você achou da cidade. Até a próxima!

 

FOTOS: DAQUIPRALI, GOVERNO DO ESTADO DO ES, PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO CALÇADO E IMAGENS DA INTERNET

Geylla Sall

SÃO JOSÉ DO CALÇADO

"calçadense"

Desbravando a mataria inóspita, na ânsia de conquista do desconhecido no seio da floresta secular, Marciano Lucio e o caboclo Valério, os bandeirantes intrépidos que vieram edificar o marco de uma futura civilização, abriram com o fio de aço de seus, machados, o primeiro espaço que o sol aproveitou para o seu primeiro beijo à terra virgem que, antes, somente podia espreitar através da ramagem espessa das suas árvores gigantescas.

O casebre rústico que lhes dava teto amigo tinha a protegê-lo uma pequenina ermida de palha e taipa que esses dois abnegados ergueram ao lado de suas palhoças e onde num altar tosco puseram a figura do padroeiro de suas crenças – São José – com o fervor evangelizador de um ideal.

Foi assim que da imaginação aventureira de dois brasileiros gerou a hoje próspera e bonita cidade de São José do Calçado. Deixando o planalto de “Fazenda Velha”, ótimo local para uma cidade, os, dois solitários sertanejos subiram as ladeiras ásperas da vertente leste da Serra do Jaspe e no alto das suas cercanias assentaram a sua tenda, como se ‘ procurassem a vizinhança das nuvens na crença fervorosa de ficarem mais junto ao Criador.

Como sempre, vinham os destemidos descendentes de Catarina Paraguaçu e Marcílio Dias abrir e fecundar a terra alheia, por isso que, os senhores feudais da época, mesmo habitando as Minas Gerais, de lá estendiam os seus domínios à terra capixaba que lhes seria futuro mealheiro para suas abastanças.

José Dutra Nicácio era o senhor das vertentes de São José do Calçado e, numa extensão infinita de léguas exerciam ainda o seu poderio, outros mineiros que de lá das Alterosas Montanhas sonharam a fundação de uma fecunda e alvissareira povoação: Fernandes Dutra, José Francisco Furtado de Mello, Bento José Furtado, Manuel Basílio de Sousa, José Lino da Silveira, Dr. Honório da Fonseca e Castro. Conquistado ao domínio das feras o ínvio sertão, foram chegando, já destemidos, outros colonos, animando, com a sua presença aqueles que traçaram a epopeia da coragem e do destemor: Antônio Lúcio de Sousa, ferreiro e Vicente Ferreira de Sousa e sua companheira Justina de Sousa.

Quando em 1869 Filipe Diniz Poubel, vindo da colônia suíça de Friburgo, ali chegou, somente quatro casebres existiam: o de Valério, o de Marciano Lúcio, o do ferreiro Antônio Lúcio e o de Vicente Ferreira. Seu pai, o suíço Francisco (François) Poubel que veio para o Brasil em 1818, fez parte da guarda do Imperador Pedro I ao tempo da Independência.

O suprimento de mercadorias para os primeiros habitantes era feito por intermédio do Porto das Caixas e, posteriormente pelo de Limeira, sobre o rio Itabapoana, pouco abaixo da estação de Santo Eduardo, vindo em canoas, da barra até ali e depois em lombo de alimarias; até a pequena sede, encravada no meio da selva. Solidários no isolamento, viviam os primitivos habitantes, só tendo por companhia o silencio, a sombra das matarias espessas e a cumplicidade soturna do azul escuro das encostas íngremes de suas pedreiras.

Conta a lenda da terra que o nome de São José do Calçado proveio do fato de haverem adquirido na Corte, com o sacrifício de uma viagem penosa e prolongada, uma pequena imagem do Santo de sua devoção, tendo em seus sagrados pés justapostas, umas pequenas sandálias que vieram causar espanto ao principio de devoção daqueles espíritos dóceis, que só podiam compreender um Santo descalço. Venerando a imagem como a representação do Pai Adotivo do Criador, aceitaram-na contritos.

Com a abertura de novos núcleos e colonização que os proprietários vizinhos mandavam abrir pelos seus escravos, remetidos sob o jugo de feitores perversos das longínquas terras onde moravam e, erigidas outras tantas capelas rústicas, distinguia-se a primeira delas com o nome São José do Calçado como característica principal, daí perpetuando-se essa tradição que se corporizou, transformando-se em São José do Calçado, seu nome atual.

 

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo – SETUR/ES 

SUGESTÃO DE VÍDEO

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