Alfredo Chaves

O que encontrar em Alfredo Chaves?

O fim de semana se aproxima e com ele a expectativa do que fazer e para onde ir. Se você quer um lugar com tranquilidade, cheio de opções para prática de esportes radicais e área de camping uma boa sugestão é seguir rumo a Alfredo Chaves e curtir um agradável passeio pelo município conhecendo tudo o que a cidade tem a oferecer. Foi assim que começou o meu passeio, decidindo o roteiro e bora cair na estrada. Já no caminho, cheguei em Matilde, um distrito de Alfredo Chaves, e me deparei com a principal atração turística da cidade: a Cachoeira Engenheiro Reeve, também conhecida como Cachoeira de Matilde, com potência estimada em 2000hp, formada pelo Rio Benevente.

Na entrada da cachoeira, tem um portal, uma edificação com um círculo de cada lado que rende excelentes fotos do local, uma vez que a “bola vazada” tem uma vista verde maravilhosa do Vale de Santa Maria Madalena. No portal tem uma escadaria que dá acesso ao mirante da cachoeira, de onde se tem uma vista incrível de parte dos 60 metros da queda d’água e também dá para ir caminhando até chegar embaixo da cachoeira, eu desci e posso garantir que a descida vale muito a pena, a sensação de liberdade é indescritível. Tentei fazer rapel na cachoeira, mas o volume de água não permitiu.

O município de Alfredo Chaves, pela sua formação rochosa montanhosa, possui diversas quedas d’água e cachoeiras. Apesar da Cachoeira de Matilde ser a mais famosa, Alfredo Chaves reservas muitas outras, entre elas estão: Biquinha da cachoeirinha, Cachoeira Alta, Bela Vista, Crubixá, Engano, Maravilha, Merotto, Neusa, Piripitinga, Quintino, Recreio, Santa Maria de Ibitirui, Santa Maria do Engano, Santa Maria Madalena, Sardi, Tilin, Corredeira MaravilhaCorredeira Paganini, Poção da Cachoeira Alta, Poço Montorola, Poço Santo e a Cachoeira da Vovó Lúcia que possui duas quedas d’água, bar, bica, lago e área para camping.

No distrito Carolina, as cachoeiras Darós e Pinón e as trilhas e cachoeiras Iracema e Iraceminha do Parque Municipal Iracema são excelentes opções para passar um dia delicioso com muita diversão e tranquilidade.

 

Pousada Águas de Pinón é aberta ao público, ou seja, não precisa estar hospedado para usufruir a Cachoeira Pinón, o espaço possui piscina coberta e aquecida, sauna, uma pequena usina hidroelétrica e o restaurante que oferece um almoço delicioso, pensa numa comida de roça boa, é melhor ainda.

Fiquei hospedada na Pousada Camping Prainha, na verdade são 3 campings seguidos, um atrás do outro, um deles vai te agradar… o que eu fiquei é muito bem estruturado, chalés, espaçosa área de camping, banheiros, cachoeira, muitas árvores e restaurante que inclusive é aberto mesmo para quem não está na pousada e para fazer juz ao nome da pousada, uma prainha dentro do camping à beira do Rio Benevente.

O que não falta em cidade do interior é sítio, porém a maioria propriedade particular, como é o caso do Sítio Monte Rá que mesmo sendo privada, entre julho e agosto, os donos abrem as portas gratuitamente para visitação, pois é quando acontece a floração das cerejeiras que foram plantadas há mais de 8 anos pelo Mestre Lee, precursor do taekwondo no Brasil, o objetivo dele era levar um pouco de cor e alegria para a vida das pessoas e a gente agradece!

Na cidade encontrei a Biblioteca Municipal Celina Pires Martins, a Praça Colombo Guardia, os Casarões dos Barcelos, dos Bonelas, de Tognéri e da Família Rosalém e Kabanas Haus, uma boa opção para tomar cerveja artesanal feita na cidade.

Já imaginou conhecer uma fábrica de mariola? A Fábrica Doces Capixabinha fica no distrito de Sagrada Família e está há mais de 15 anos no mercado, além das mariolas, produtos como geleias, paçocas, doce de leite e salgadinhos também são produzidos no local.

Entre as igrejas está a Igreja de Sagrada Família é uma das mais antigas e bonitas do município. Foi edificada em 1914 por descendentes italianos e restaurada recentemente com imponentes paredes e pequenos detalhes do altar, a imagem da padroeira da igreja foi trazida da França.

 

As igrejas Aparecida Basílio, Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora da Conceição, Sagrada Família, Santa Maria Madalena, São Benedito, São Brás, São Francisco, São João, São Joaquim, São José, São Luiz e São PedroCapelas de Santa Cruz, de São Roque e o Conventinho da Penha são paradas obrigatórias para apreciar a arquitetura de cada uma.

Estação Ferroviária de Ibitiruí foi construída na década de 1990 como apoio aos trabalhadores da linha de trem que transportava apenas cargas, atualmente é ponto turístico com exposição de fotos antigas, pequeno museu e divulgação de produtos da agroindústria local.

 

Estação Ferroviária de Matilde, um dos principais cartões postais da cidade foi restaurada em 2010, ano em que completou 100 anos, a estação desativada mantém exposições, artesanato, atrações culturais. Sua arquitetura diferenciada e o girador onde os trens manobravam é uma atração à parte.

Pedra do Gururu possui 450 metros de altitude acima do nível do mar, leva em torno de 1h30 a 2h para chegar no seu topo, anualmente são feitas caminhadas com celebrações religiosas na subida até o cruzeiro.

A antiga Ponte de passagem de trem é uma atração a conhecer.

Cerca de 1,5km à frente pela linha de trem está o famoso Túnel Encantado, construído no século 20 pelos espanhóis para desviar o fluxo d’água do córrego Rio Novo que cruza a linha de trem, foi por ali também que os escravos que trabalharam na obra conseguiram fugir. O acesso pode ser à pé pelos trilhos, cerca de 30 minutos caminhando ou pode pegar o trenzinho na estação que leva até o túnel por um valor irrisório. O túnel é uma passagem subterrânea com 65 altos e largos degraus, numa arquitetura em arco romano, das muitas vezes que fui à cidade, a última foi a única que eu desci o túnel e confesso que descer no escuro (sugiro levar lanterna) aqueles degraus grandes, escorregadios, pois a água da cachoeira passa por lá, com pedras que machucam o pé (ideal levar sapatilha), além dos morcegos que aparecem à medida que vai descendo foi um verdadeiro desafio. Mas, o que tem na descida? Água da cachoeira e árvores, ainda assim, a aventura vale a pena!

São Roque de Maravilha é uma comunidade do interior de Alfredo Chaves com a simplicidade da vida da roça, mas com o charme de uma vila com belas casas de campo. Cercada por grande montanhas, São Roque lembra um vilarejo italiano com algumas cachoeiras como a Cachoeira Pin e a Cachoeira Maravilha. Além disso, a Mercearia ‘Carrefur da Roça’, a venda que tem de tudo que você precisar é um capítulo à parte.

Museu Recanto das Rosas é um museu particular da pediatra Rosangela Bissolli. Além de peças antigas que contam detalhes da imigração italiana, há uma capela confeccionada em cristais de vidro, uma réplica do Convento da Penha e um presépio feito por Robson Bissoli. O presépio, um dos principais atrativos do espaço, movido à água, foi feito à mão pelo artista.

Em Cachoeira Alta está a Rampa natural de Voo Livre com condições de voo praticamente todos os dias do ano, por isso é considerada uma das melhores do Brasil sediando campeonatos de voo. A rampa é um mirante que mostra o litoral sul capixaba e belas montanhas. No percurso dá pra avistar a Cachoeira Tororoma e admirar a paisagem.

Você pode sobrevoar a cachoeira com a equipe altamente profissional da Takeoff que estão lá para garantir um voo de parapente perfeito, além do voo panorâmico, tem o curso de voo pra quem quiser se aprofundar no esporte e uma pousada com piscina e espaço verde esperando por você!

 

Eu voei com o piloto Rodolpho Cavalini, da Takeoff e posso garantir que o voo foi espetacular, a vista é incrível e ver a cachoeira de cima foi simplesmente maravilhoso!

Outras atrações turísticas que não visitei: Fonte de Água Dupote, Fonte Nova Estrela, Ilha Togneri, Mirante Vale Santa Maria Madalena, Pedra do Gururu, Piscina Natural do César, Piscina Natural de Cachoeira Alta e Piscina Natural do Gururu, Praça Colombo Guardiã, Quente Frio, Represa da PCH São Joaquim, Vale Crubixá, Vale São Roque de Maravilha e Vila Nova de Maravilha.

 

E assim, foi minha passagem pelo município de Alfredo Chaves… Fica aqui a minha sugestão. Prontos para a próxima viagem? Continuem acompanhando a coluna e o programa DAQUIPRALI na Rede TV! E quero a participação de vocês através do Instagram @daquipraliviagem. Me conta se você conhece a região e o que você achou da cidade. Até a próxima!

 

FOTOS: DAQUIPRALI, YURI BARICHIVICH, GOVERNO DO ESTADO DO ES E PREFEITURA DE ALFREDO CHAVES 

Geylla Sall

ALFREDO
CHAVES

"alfredense"

Alfredo Chaves está situada às margens do Rio Benevente com as coordenadas: Latitude Sul 20º 38 40” e Longitude W Gr 40º 41’50”. O município pertence à Região Sul do Estado do Espírito Santo, e limita-se: ao norte com Marechal Floriano e Domingos Martins, ao sul com Iconha e Rio Novo do Sul, a leste com Anchieta e Guarapari, a oeste com Vargem Alta.

A história do município de Alfredo Chaves teve início com a colonização dos portugueses, no século XIX. Quando Dom Pedro II doou ao guarda de honra da corte, o português Augusto José Álvares e Silva, 500 alqueires de terra. Essa área foi dividida em cinco partes chamadas Sesmarias: do norte, do sul, do leste, do oeste e Quatinga.

Nesse período, Augusto José Álvares e Silva casou-se com Macrina Rachel da Conceição, nascida naquela região e descendente de portugueses, e tiveram cinco filhos. Quando Augusto morreu, Macrina herdou as terras e doou um pedaço da Sesmaria para os escravos que não tinham moradia. A área doada, o morro do cemitério, passou a se chamar “Povoado de Nossa Senhora da Assumpção”. Que mais tarde, com a chegada dos jesuítas de Benevente e a construção da igreja, passou a ser chamada de “Povoação de Nossa Senhora da Conceição”.

Depois, as Sesmarias foram herdadas pelos filhos de Augusto e Macrina. Rita Augusta José Alves e Silva, filha do casal, casou-se com o coronel José Togneri, filho de conde italiano, que veio ao Brasil para vender jóias e comprar terras. Por dote, ele recebeu toda a propriedade da área da Quatinga.

Na região, em 1877, chegam os imigrantes italianos, que desembarcam em Benevente. Do local, eles sobem o rio Benevente em canoas até a sesmaria Quatinga, onde fundam o povoado Alto Benevente. Alguns desses europeus, com medo das enchentes e do ataque dos índios, continuam a subir o rio para se instalarem em uma área mais elevada, batizada de Vila de Todos os Santos.

Durante esse período, os italianos encontram muitas dificuldades ao chegarem na região. Coberta de matas virgens, o local era habitado apenas por animais selvagens, como as feras. Porém, não importava a dificuldade, o que queriam era um pedaço de terra para plantarem e sustentarem suas famílias. A Itália estava passando por dificuldades e a área para o desenvolvimento agrícola no país era bem reduzida.

Mas, o governo não tinha um plano de imigração de famílias agrícolas totalmente estruturado para a chegada dos Europeus ao Brasil. Ao chegarem ao território de Alto Benevente, por meio de pequenas embarcações, eles seguiam depois em grupo pelas estradas com destino ao Quinto Território. Com o apoio do ministro, Dr. Joaquim Adolpho Pinto Pacca, da Imperial Colônia de Rio Novo, e do Coronel Togneri, os italianos eram encaminhados a um barracão coletivo, a “Hospedaria dos Imigrantes”. Ali, ficaram acomodados (amontoados) por alguns meses e receberam alimentos para o sustento, enquanto esperavam o encarregado do governo definir o pedaço de terra para cada família.

Com a posse das terras, os italianos passaram a produzir para sua sobrevivência e transformaram verdes florestas em cafezais e lavouras. A terra parecia-lhes um paraíso, era só plantar que a colheita era certa. O único cuidado era afastar os animais selvagens que atacavam as lavouras.

Em 1878, novos imigrantes italianos chegaram e continuaram a subir o rio para se fixarem nos vales acima de Benevente e Batatal. Evitando assim, as constantes enchentes e os ataques dos índios. Além dessas dificuldades, naquela época, o serviço de saúde era bem precário e muitos membros das famílias contraíram o mal da febre de impaludismo e vieram a falecer.
 
Nesse mesmo ano, Dom Pedro II envia ao ministro da colonização, o engenheiro Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves, para expulsar os índios instalados nas fazendas Togneri e Gururu. O município recebe o nome Alfredo Chaves em homenagem ao Ministro da Colonização.

Em 1888 e 1895, uma nova leva de imigrantes italianos chegam ao território. Esses Europeus passam a colonizar outras regiões, como: Araguaia, Santo André, São Marcos, Matilde, Carolina, Deserto, Urânia, Maravilha e Engano (Ibitirui). A construção da Estrada de Ferro Sul leva novas esperanças para esses imigrantes.

O distrito de Alfredo Chaves é emancipado no dia 24 de janeiro de 1891, como território desligado do município de Benevente, atual Anchieta. O crescimento econômico da região é impulsionado pelos imigrantes italianos. O progresso chega e o desenvolvimento leva a formação do primeiro centro comercial, onde famílias compram e vendem mercadorias.

Em 1922, foi realizado o serviço de abastecimento de água potável e de esgoto, e a iluminação de toda a cidade. Melhorias surgiram para os europeus, que dedicavam grande parte do seu trabalho também para a região, na construção e organização das igrejas.

Na economia, a partir da década de 60 com a crise do café, os agricultores começam a trabalhar com a banana, um produto que se adapta facilmente ao clima e ao solo de Alfredo Chaves. Com o sucesso da bananicultura e da pecuária leiteira na região, passa a ser organizada a tradicional Festa da Banana e do Leite do Município.

CURIOSIDADE: O primeiro time de futebol do Estado do Espírito Santo foi o de Alfredo Chaves, fundado em 15 de agosto de 1910, por Carlos Soares Pinto. Era constituído por: Pedro Bonacossa, Theobaldo de Oliveira Pinto, Ronaldo Boanova, Públio Bellotti, José Bosio, Resk Caroni, José Pitanga dos Santos, Carlos Soares Pinto, José Fernandes Pinto, Luiz Saudino, José Organ, Luiz Villar, Aníbal Cardoso, Ivo Roversi, Luiz Franzotti, Antônio Soares Pinto Júnior e Zeferino Casoti. Intitulado “ALFREDENSE FUTEBOL CLUBE” e as cores da camisa eram vermelha e branca. Em 1949, foi registrado na federação com o nome de “Esporte Clube Alfredo Chaves”, com as cores preta e branca. Os trabalhadores do político Colombo Guardia, constituíram um segundo clube, a “Usina Futebol Clube”, e só assim, o Alfredense conseguiu jogar com um time adversário.

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo – SETUR/ES 

SUGESTÃO DE VÍDEO

MAPA DO ES

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