Santa Leopoldina

O olimpo das cachoeiras

“Cachoeiro de Santana Leopoldina” e “Porto do Cachoeiro” foram os nomes que o município recebeu antes de se tornar Santa Leopoldina, lugar onde foi construída a primeira rodovia do estado. A principal fonte de renda da cidade é a atividade turística, tanto que foi apelidada de “Filha do sol e das águas”, uma referência às 42 cachoeiras da região.

 

Ao observar os casarões históricos com fachadas que nos fazem viajar no tempo, nem dá pra imaginar que Santa Leopoldina era uma das cidades mais modernas do Brasil Império, operou o telefone antes mesmo que o Rio de Janeiro, foi uma das primeiras a receber energia elétrica e carros, foi a cidade escolhida por D. Pedro II para iniciar sua viagem pelo Espírito Santo em 1860.

Não sei por qual atração turística D. Pedro II começou, mas eu comecei pelo Monumento ao Imigrante que foi inaugurado em 1950, na época da comemoração dos 100 anos da imigração europeia. Projetado pelo arquiteto Hélio Viana, ele se destaca pela grande cruz branca, que significa o encorajamento aos imigrantes para enfrentarem as dificuldade que viriam. De lá se avista as cadeias de montanhas que cercam a cidade e Igreja Matriz.

Construída em 1911, a Igreja Matriz Sagrada Família está localizada num ponto alto, sendo vista de vários pontos, e também permitindo ver o percurso do Rio Santa Maria que corta a cidade. Sua construção apresenta traços neogótico e o seu interior foi todo pintado à mão. A igreja tem um ângulo ruim para tirar foto, o espaço é insuficiente pra pegar a igreja toda estando na frente dela.

 

No caminho a Igreja da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana também vai chamar sua atenção, como ela estava fechada, não consegui ver seu interior.

Fazenda Barão do Império é um condomínio de alto padrão e agro gastronômico que na entrada tem um casarão antigo, um lago com peixes e uma mini fazenda com pônei e galinhas.

Curiosidades

Uma história interessante da cidade está no Cemitério, mais precisamente no túmulo de Maria Gilda, que enche de água há mais de 90 anos. Reza a lenda que a menina morreu afogada em uma bacia quando tinha menos de cinco meses de idade. A criança nasceu 04.09.1922 e morreu dia 19 de janeiro de 1923. A avó, Maria Zelinda Avancini, ao buscar uma toalha, deixou a criança sozinha na bacia e quando voltou, a criança já estava morta. Muitos acreditam que a água é milagrosa, pois desde então o túmulo nunca ficou seco, mas não é permitido beber, pois a prefeitura joga remédio para não haver proliferação de doença.

O escritor Graça Aranha, na época juiz, em Santa Leopoldina, usou a cidade como fonte de inspiração para escrever o seu romance Canaã, onde relata as dificuldades dos imigrantes alemães em se estabelecer na colônia, no decorrer da leitura há várias descrições da cidade no livro.

Museu do Colono fica num prédio antigo, onde morava a família de imigrantes austríacos Holzmeister, uma das pioneiras da cidade e é lá que você vai conhecer toda a história do município através de um acervo com mais de 600 peças, entre mobiliário antigo incluindo fotografias, cristais, livros, louças, itens decorativos adquiridos pela família em suas viagens ao exterior, que de certa forma mostra como era a vida das famílias de imigrantes no século XIX. O Museu foi construído em 1877, é tombado como patrimônio cultural pelo Conselho Estadual de Cultura.

Passeando pelo Centro, deixe seus olhos passearem pelo Banco do Brasil, pela Escadaria Jair Amorim, pela Ponte Paulo Antônio Médice e pelo Porto de Cachoeirolocal onde se encontra canoeiros e tropeiros, responsáveis por trazer as mercadorias em seus cavalos e guardá-las nos armazéns. Eles ajudavam os canoeiros jogando as sacas de café nas canoas, único meio de transporte à época, com o auxílio de um escorregador. 

Ainda temos a Casa de Artesanato, Capela Santo Martinho, Gruta Nossa Senhora de Lourdes, Igreja do Tirol, PCH Suíça, Pedra Branca, Rampa de Voo, Sítio Tio André e Sumidouro do FunilO letreiro  Santa Leopoldina também está no Centro, ao lado posto de gasolina.

Se encante com os parques

Parque Ribeirão dos Pardos, conhecido como Vale da Lua Capixaba, está dentro de uma área recortada pela Mata Atlântica e banhada por corredeiras e várias cachoeiras, inclusive a famosa “Cachoeira da Fumaça”, além de contar com um imóvel antigo, em ruínas, que guarda muitas lembranças. Com uma paisagem exótica, o parque oferece várias opções de lazer, como: pousada, camping, piscinas naturais, piscina de água corrente, trilhas ecológicas, corredeiras, cachoeiras, serviços de bar, lanchonete e restaurante.

Passei um dia lá no parque, fui pela curiosidade para ver se realmente parecia com o Vale da Lua da Chapada dos Veadeiros, infelizmente, o tempo estava chuvoso, com isso, o volume de água estava alto e não consegui ver as pedras, ou seja, a minha dúvida permanece, mas por fotos já pesquisadas, acredito que realmente sejam bem próximas. 

 

Apesar de todo o espaço disponível, o parque só aceita barracas de camping, quando fui, a estrutura para receber motorhome estava em implantação. Após o almoço, visitei as ruínas da Casa de Pedra construída no século XIX por escravos usando pedra, barro e óleo de baleia. Atrás da casa, há uma estrada de pedras, também construída pelos escravos, que leva à Cachoeira da Fumaça.

Eco Parque Cachoeira Moxafongo conta com restaurante, serviço de bar, uma capelinha de mosaico, quadriciclo e piscinas naturais; para ter acesso ao parque é cobrada uma pequena taxa.

 

Me hospedei no Parque Cachoeira Véu de Noiva onde está a cachoeira com a maior queda da cidade, são 70 metros de queda. Na entrada é cobrada uma pequena taxa, mas quem for se hospedar na pousada ou no camping não paga esse valor. Cheguei na hora do almoço, aproveitei para conhecer o restaurante do parque, a comida estava deliciosa, foi feita no forno à lenha e, havia acabado de ser posta, gostei da variedade. No balcão banana fica disponível 24h para quem quiser pegar.

 

Além da cachoeira, o espaço possui pousada, área de camping, piscinas naturais, toboágua para adultos e crianças, playground e trilha, o restante do dia conheci a cidade.

Fiz a trilha para conhecer a Cachoeira Véu de Noiva, o acesso é por dentro do parque, super tranquilo descer e subir. Já na cachoeira, após a descida, só passar por algumas pedras e já está no poço para tomar banho…

…mas eu preferi curtir a parte que fica antes da trilha, achei o espaço melhor e ainda desci no toboágua… apesar da água estar um gelo, foi bem divertido!

Destaque para algumas cachoeiras

Corredeiras do Rio Fumaça é um lugar bonito, agradável, perfeito para passar o dia relaxante. Outra opção para refrescar é a Cachoeira Rio do Meio que possui bar, restaurante, pousada e área para churrasco, assim como a Cachoeira do Recanto que também possui restaurante. A Cachoeira da Gruta da Onça além da pousada, tem piscina natural com toboágua e rede de vôlei.

 

Cachoeira das Andorinhas possui um poço raso para banho e sua água é de coloração escura, no local possui chuveiros e bar. Santa Leopoldina ainda possui várias outras cachoeiras: Cachoeira da Fumaça I, Cachoeira da Holanda, Cachoeira de Mangaraí, Cachoeira do Palito, Cachoeira do Retiro, Cachoeira do Zé Coelho – CaioabaCachoeira Família FaccoCachoeira Meia Légua e Cachoeira Parque Hidro Rural.

Escolha a sua e se delicie em Santa Leopoldina!

Parque Natural Municipal do Itabira com cerca de 160 hectares e 175 metros de altitude foi criado em 1988 e preserva o patrimônio natural da região.

 

Na Reserva Cafundó possui trilhas e passeios à cavalo, restaurante com cozinha caipira e muita área verde para passar um dia descansando e curtindo a natureza.

 

Atrações turísticas que não fui: Floresta Nacional de Pacotuba, Mirante Alto Formoso, Morro das andorinhas, Pedra do Cruzeiro, Pedra da Igrejinha, Bacia do Rio Itapemirim, Bravo Poker Clube, Cachoeira Abundância, Cachoeira da Prata, Cachoeira do Centro, Comunidade Quilombola de Monte Alegre, Fazenda Cafundó, Ilha do Meirelles, Museu de Ciência e Tecnologia e a Rampa de Parapente do Mirante.

E assim, foi minha passagem pelo município de Santa Leopoldina… Fica aqui a minha sugestão. Prontos para a próxima viagem? Continuem acompanhando a coluna e o programa DAQUIPRALI na Rede TV! E quero a participação de vocês através do Instagram @daquipraliviagem. Me conta se você conhece a região e o que você achou da cidade. Até a próxima!


FOTOS: DAQUIPRALI, GOVERNO DO ESTADO DO ES, PREFEITURA DE SANTA LEOPOLDINA, BLOG CAMINHA GENTE E CHRISTIAN DO NASCIMENTO

Geylla Sall

SANTA
LEOPOLDINA

"leopoldinense"

Conta-se que por volta do ano de 1535, aproximadamente, foi aberto um sítio no lugar denominado Una de Santa Maria, habitado por índios até 1759 quando, em consequência do decreto do Marquês de Pombal que obrigava os padres jesuítas a deixarem as aldeias, os que não morreram abandonaram o sítio e refugiaram-se em matas virgens. Depois vieram outros fazendeiros que abriram fazendas com mão escrava: mas a colonização sistemática de Santa Leopoldina foi iniciada em 1856, quando o Conselheiro Couto Ferraz, Ministro do Império, autorizou a demarcação de uma área de 567 km2, a margem do Rio Santa Maria, para a fundação de uma colônia de imigrantes. 

 

No ano de 1857 chegaram os primeiros imigrantes Suíços entre eles vieram alemães, pomeranos, austríacos entre eles de outras nacionalidades mas de língua alemã. Poucos anos depois, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes. Assim, em 1860, D. Pedro II chega de canoa acompanhado pela comitiva da qual se destacava o Marques de Tamandaré. Percorreu alguns trechos do território em colonização, tendo o inesquecível Dr. Luiz Holzmeister como intérprete. Com o progresso da colônia, tornou-se inevitável à formação de um povoado no local em que havia permanente baldeamento de mercadorias entre os dois sistemas de transporte que se completavam. 

 

Com os primeiros ranchos de tropa, armazéns de carga e postos de abastecimento, surgiu o Porto de Cachoeiro que, em 1867, tornou-se a Sede Oficial da Colônia com a denominação de Cachoeiro de Santa Leopoldina, deu-se o nome de Cachoeiro devido sua localização da Sede, que se encontrava no local onde o rio deixava de ser encachoeirado. E durante mais ou menos cinquenta anos, o movimento de exportação e importação foi firmemente mantido em animado ritmo. Cachoeiro de Santa Leopoldina chegou a ser a 3ª colônia mais populosa do império. O comércio intenso e o casario ao gosto neoclássico que se erguia fizeram com que, em 1882, a colônia se emancipasse.

 

Cachoeiro de Santa Leopoldina tornou-se o maior empório comercial do Espírito Santo. Grandes firmas da Europa despachavam seus viajantes diretamente ao Porto de Cachoeiro. Só depois que faziam esta praça é que visitavam Vitória, a Capital. O grande movimento assegurou uma posição social de relevo. 

 

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo – SETUR/ES 

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