Santa Maria de Jetibá

A cidade mais pomerana do Brasil

Santa Maria de Jetibá faz parte do circuito “As três santas” que inclui Santa Leopoldina e Santa Teresa. Colonizadas por europeus, as Três Santas contam com belas paisagens e muita cultura. Então vamos conhecer Santa Maria como é conhecida pelos capixabas.

 

A primeira coisa que se vê ainda no caminho é a Usina Hidrelétrica do Rio Bonito, Barragem da suíça ou Barragem do Rio Bonito, foi inaugurada em 1962 é um percurso de 22 km de água com uma paisagem exuberante que fica localizada no distrito de Rio Bonito, a Barragem é responsável pelo abastecimento de água da Grande Vitória e está envolto de Mata Atlântica.

E quem nos recebe na cidade é o mascote, este casalzinho de pomeranos. Fritz e Frida, olha que fofo!

Chegando a cidade você vai ver um Monumento Galinha, que apesar de ser o primeiro a ser visto, foi o segundo a ser colocado. O primeiro foi instalado no centro da cidade, em 2018 e segundo foi instalado em 2019, na entrada da cidade, mais precisamente na Praça Emílio Arnholz. A galinha gigante é feita em vidro e cimento sintético e mede 3,30m por 2,96m. Foi produzida pelo artista plástico mineiro, Geruelson Chaves Rodrigues, da cidade de Medina (MG).

Santa Maria de Jetibá é o maior produtor de ovos do país. Diariamente são produzidos 14 milhões de ovos em 162 propriedades ativas. A avicultura responde por 93% da postura comercial de ovos de galinha do Espírito Santo e 98,43% de produção de ovos de codorna do estado.

Uma casa típica Pomerana com janela azul e parede branca é o Museu da Imigração Pomerana, construído na década de 1930, guarda em seu arquivo fotos e objetos antigos que retratam um pouco sobre a história e a chegada dos imigrantes ao Espírito Santo assim como a ocupação do Município.

A visita a Casa da Memória ou ao Memorial Pomerano proporciona experiências únicas e faz você voltar em uma época repleta de histórias e acontecimentos marcantes. A responsável é Marineuza Waiandt, é ela quem apresenta a casa em estilo enxaimel e ainda prepara um delicioso almoço típico. Aqui você vai conhecer as tradições de um casamento pomerano. No final da visita todo mundo planta uma árvore, essa aí foi da Revista Qual Viagem.

Um dos pontos que é atração turística é a Prefeitura Municipal, sediada num belo edifício, em estilo enxaimel com janelas brancas e paredes azuis fazendo alusão ao céu da antiga Pomerania. Muitos consideram esta Prefeitura como uma das mais bonitas do estado. A Câmara Municipal também fica ali grudadinho na Prefeitura e nos mesmos tons. 

Enquanto estava na cidade, fui ao casamento de uma amiga que durou dois dias de festa, aliás festa no interior costuma ser assim, mais de um dia para comemorar.

A cidade mais pomerana do Brasil não poderia deixar de ser homenageada. Localizado na Praça do Imigrante Pomerano, o Monumento ao Imigrante Pomerano foi construído e inaugurado em homenagem aos 150 anos da Imigração Pomerana no ES.

É na Praça do Imigrante Pomerano que acontece os grandes eventos da cidade, como o de “Carros Antigos” que ocorre uma vez ao ano.

A Igreja de Confissão Luterana é datada de 14 de julho de 1918 e até hoje é frequentada pela população.

A Igreja Católica tem uma arquitetura bem bonita

Eu acho muito charmoso uma cidade com Coreto. Olha este que fofo!   

Rua de lazer é uma praça com quiosques em formato de casinhas que vende guloseimas e produtos da cidade. Quando tem evento lota…

Pela cidade toda, você vai ver construção no Estilo Enxaimel que surgiu pela influência dos primeiros imigrantes que se instalaram no município no início da colonização, hoje, os moradores recebem incentivos para comércios e residências que aderirem ao movimento, que tem como objetivo caracterizar a cidade. 

Casa do Artesão é onde vende produtos produzidos em Santa Maria de Jetibá e souvenirs da cidade.

Fiquei hospedada no Hotel Montanhez Marquardt, bem no centro.

A 5Km do centro está o Horto municipal, uma área ambiental com 32 hectares destinados à produção de mudas nativas, ornamentais, medicinais e exóticas. Muitas delas vão para praças e jardins da cidade. O espaço também funciona como centro de educação ambiental.

Pedra do Garrafão fica a 38km do Centro, no distrito de São João Garrafão. A pedra em formato de garrafão possui 1.460m de altura. O local é ideal para prática do esporte de aventura.

O município é divido em dois Distritos: Sede e Garrafão e possui 37 comunidades entre elas: São Bento, Rio Taquara, Rio do Queijo, São João do Garrafão, Alto Rio Lamego, Rio Sabino, Alto Rio Plantoja, Córrego Simão, Garrafão, Rio Lamego, Alto Santa Maria, Rio Veado, Rio Plantoja, Rio Cristal, Rio Claro, Barra do Rio Claro, Rio Possmoser, Barracão do Rio Possmoser, Barra do Rio Possmoser, Rio Aparecida, Alto São Sebastião, São Sebastião do Meio, Córrego do Ouro, Rio das Pedras, Alto Jequitibá, Rio Triunfo, Alto Caramuru, Caramuru, Jequitibá, São Sebastião de Belém, Sede, Santa Luzia, Alto Recreio, Recreio, Rio Novo, São José do Rio Claro e Rio Bonito.

A cidade reserva várias cachoeiras para se refrescar, entre elas: Cachoeira do Vale do Rio Santa Maria, Cachoeira Véu da noiva, Cachoeira da Pousada das Águas, Cachoeira do Lanka, Cachoeira do Pastor (esta é a maior, com 30 metros de queda) e a Cachoeira Rio Bonito.

Passeios alternativos podem ser feitos ao Pesque-Pague Clube Cavalo Bahio e à preservada Ilha Berger, localizada no meio do Rio Santa Maria. Lá há uma boa infraestrutura para o turista, com serviço de bar e área de camping.

Sítio Katiucí, Recanto da Natureza, Sítio Espelho D’água, Sítio Mata Verde para quem quer colher suas uvas, o sítio tem muitas parreiras, onde também produzem vinhos; Sítio Recanto do Jajá é o que recomendo para quem quer ir passar o dia e ainda almoçar uma comida deliciosa, meio mineira, meio pomerana; Sítio Vida; Sítio Vale Verde, Sítio Renascer, Sítio Rossmann, Sítio Schmidt, Sítio Elvis e o Sítio Tesch tem o foco em cultivação orgânica. Este, trabalha com o sistema de colhe e pague, onde você colhe o que deseja e paga o preço junto do campo.

Você também pode conhecer: Vale do Canaã e o Túnel do Garimpo

 

E assim, foi minha passagem pelo município de Santa Maria de Jetibá… Fica aqui a minha sugestão. Prontos para a próxima viagem? Continuem acompanhando a coluna e o programa DAQUIPRALI na Rede TV! E quero a participação de vocês através do Instagram @daquipraliviagem. Me conta se você conhece a região e o que você achou da cidade. Até a próxima!

 

FOTOS: DAQUIPRALI, GOVERNO DO ESTADO DO ES, PREFEITURA DE SANTA MARIA DE JETIBÁ, CAROLINE DE OLIVEIRA E IMAGENS DA INTERNET

Geylla Sall

santa maria
de jetibá

"santa-mariense"

A origem do povoamento da região de Santa Maria de Jetibá foi decorrente do processo de colonização que se iniciou com a fundação da Colônia de Santa Leopoldina, situada às margens do rio Santa Maria da Vitória, entre a Cachoeira Grande e a Cachoeira José Cláudio, onde foi demarcada, em 1856, uma extensão de terra de quatro por quatro léguas, abrigar os primeiros imigrantes europeus que chegaram ao Brasil.

Nesse mesmo ano vieram os primeiros colonos suíços, em número de 60, que instalaram a sede da colônia dentro da área demarcada, às margens do rio Santa Maria da Vitória, quatro milhas acima da Cachoeira do Funil, no lugar ainda hoje denominado Suíça, em homenagem a esses imigrantes. A colônia, então passou a ser considerada Colônia de Santa Maria.

No ano seguinte, 1857, chegaram mais 222 imigrantes, constituídos por alemães e luxemburguenses, de lugares como a Renânia e West Gália. Uma parte dos imigrantes se estabeleceu em um povoado denominado Cachoeira de Santa Leopoldina, o povoado foi o mais se desenvolveu. Em março de 1867, a sede foi transferida para a Colônia de Santa Leopoldina. A Colônia tinha terras elevadas e férteis e pouca distância da Capital da Província do Espírito Santo, com a qual se comunicava pelo rio Santa Maria da Vitória. A fertilidade das terras não era, porém, igual em território da Colônia. O relevo, em geral montanhoso, exigiu, então, que fossem cultivadas as terras situadas nos vales dos rios e córregos afluentes ao rio Santa Maria da Vitória.

 

A penetração na região se estendeu, por isso, um pouco para o Norte, na direção dos rios Timbui e Cinco de Fevereiro. Em 16 de maio de 1873, imigraram para a Colônia de Santa Leopoldina 413 Pomeranos, e, ainda neste mesmo mês, chegaram mais 366 Pomeranos, todos luteranos. Neste período, também chegaram algumas famílias procedentes da Saxônia, que vieram com o firme propósito de se estabelecer e criar bases na mesma. No ano de 1876, foi a Colônia ampliada para o Norte, na direção do Rio Doce e Piraquê-Açu.

 

Com a entrada de novos imigrantes, em 1877, uma parte dela tomou a denominação de Conde D”Eu, hoje, Ibiraçu.

À margem do rio Tambuí foi fundada uma povoação, que recebeu o nome de Santa Teresa, atualmente sede do Município do mesmo nome. A população da Colônia de Santa Leopoldina prosperou acentuadamente no ano de 1878 e se tornou a mais populosa do Império com, aproximadamente, 7000 habitantes, depois das Colônias de Blumenal e Dona Francisca na então Província de Santa Catarina.

 

Desta forma, podemos constatar que a colonização de toda a área compreendida pelos Municípios de Santa Teresa, Ibiraçu e Santa Leopoldina, teve como pólo irradiador a cidade de Santa Leopoldina, na altura também chamada de Cachoeiro e Cachoeiro de Santa Leopoldina. Após a I Guerra Mundial, a imperatriz Maria Teresa, esposa de D. Pedro II, de origem austríaca, promoveu a vinda de uma grande leva de Pomeranos que desorientados com o pós-guerra, o desmantelamento dos principais feudos, a queda de muitas casas reais e a conseqüência da nova ordem político-territorial implantada na Europa e o desaquecimento de algumas regiões e países, resolveram imigrar para outros continentes.

Após sua chegada ao Brasil, no ano de 1873, a maioria dos Pomeranos se estabeleceu nas regiões ainda hoje denominadas de Luxemburgo e Jequitibá, na Colônia de Santa Leopoldina. Na década seguinte, parte desses imigrantes se dirigiu para a Região de Santa Maria de Jetibá. Eram, principalmente, Pomeranos, mas também havia imigrantes oriundos das regiões do Reno e de Hessen, na Alemanha, de Luxemburgo e da Holanda, que iniciavam, assim, uma segunda etapa do processo de imigração.

Apesar da diversidade de origem desses imigrantes, todos foram religiosa e socialmente assimilados pela cultura Pomerana, já que se constituía maioria. Como era usual entre os Pomeranos, foi providenciada a instalação de uma escola, uma capela e uma pastoral, precedida pela demarcação do cemitério, em 1879.

Três anos mais tarde, já estava concluída a construção da escola que servia igualmente como capela para a comunidade celebrar os seus cultos. Inaugurada em 1882, com a celebração do primeiro culto em Santa Maria, essa igreja foi construída na localidade hoje denominada São Sebastião.

As principais famílias que se instalaram na região, foram: Klens, Henke, Berger, Foesch, Boldt, Hackbart, Bausen, Kosanke, Ruge, Siebert, Holz, Kruger e Seick. A adaptação desses imigrantes não foi muito fácil. Tentaram implantar as culturas de seus países de origem como o trigo e não foram bem sucedidos. Uma fábrica de cerveja instalada por Germano Berger, a partir do trigo, funcionou durante algum tempo. Muitos desistiram, indo se instalar em outras regiões, normalmente de terras mais quentes como as do Norte do Estado do Espírito Santo, que acreditavam ser melhor para a lavoura e para habitação. Alguns deles estão hoje retornando à região de Santa Maria de Jetibá, depois que o desmatamento e a posterior seca esgotaram as terras outrora consideradas produtivas. A comunidade Pomerana do interior permanece, ainda hoje, com alguns dos costumes dos seus países de origem, sendo o mais conhecido a celebração dos casamentos, com várias cerimônias típicas se desenrolando durante três dias.

Parte da comunidade ainda se comunica através da língua Pomerana, precisando, em certas ocasiões, da intermediação de intérprete, principalmente quando precisam vir à Sede do Município para fazer as suas compras ou utilizar-se de alguns serviços. A preservação da cultura e da Língua dá ao visitante a impressão de estar ainda no início da colonização. Ao passar pelas ruas e avenidas da cidade o visitante encontrará a população autóctone se comunicando em pomerano. Santa Maria de Jetibá é um dos poucos lugares no mundo onde ainda se usa a língua pomerana.

Em meados de 1870, quando acontecia a unificação alemã, o povoado da província Pomerânia sofria com as disputas por conquistas territoriais entre a Alemanha e países vizinhos e, grande parte da população existente nesse território, resolveu buscar uma nova vida na América. Nesse período, parte do povoado pomerano migrou para o Brasil e, no Espírito Santo, concentraram-se na região das montanhas, principalmente, em um altiplano localizado na colônia de Santa Leopoldina, chamado Jequitibá. O município de Santa Maria de Jetibá foi criado no dia 6 de maio de 1988, através da Lei Estadual n° 4.067, com a participação efetiva do então prefeito de Santa Leopoldina, Helmar Potratz, que atendendo aos anseios da população, se engajou na luta pela emancipação. Atualmente, o município é um dos núcleos mais populosos do povo pomerano no mundo. Situado na região serrana, o município possui uma área de 734 Km² e está a 80 Km da capital, além de possuir uma altitude variável de 400 a 1300 metros.

A preservação da língua e da cultura pomerana pelos habitantes de Santa Maria de Jetibá impressiona os turistas que com a ajuda do clima frio, parecem estar em um pedaço da Europa. Com um dos melhores climas do mundo, Santa Maria de Jetibá possui um povo trabalhador e ordeiro, preocupado em manter suas tradições. Hoje no município, estão em atividade 10 grupos de danças folclóricas e 12 grupos de trombonistas, que fazem um trabalho de recuperação e preservação da cultura. Santa Maria de Jetibá possui hoje a melhor estrutura agrária do Espírito Santo e uma das melhores do Brasil.

Formada originalmente por agricultores familiares, tem uma grande diversidade de produção agrícola sendo caracterizado como o maior produtor de hortifrutigranjeiros capixaba. A marcante atividade agrícola é explicada por seus colonizadores: o povo pomerano, eminentemente agrícola, já na Europa, havia tornado a Província Pomerânia no maior celeiro agrícola de todo o continente. Importante pólo de produção primária, assentado, principalmente, na avicultura, olericultura e cafeicultura, Santa Maria de Jetibá é o maior pólo avícola do Estado e segundo produtor de ovos do país, possuindo um plantel de 4 milhões de aves poedeiras.

 

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo – SETUR/ES 

SUGESTÃO DE VÍDEO

GUIA TURÍSTICO

MAPA DO ES

DISTÂNCIAS CIDADES

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Alegre
Alfredo Chaves
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Aracruz
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