São Mateus

Um dos municípios + antigos do país

O segundo município mais antigo do Espírito Santo e um dos mais antigos do país, São Mateus foi originalmente povoado por índios, portugueses e africanos e, a partir do final do século XIX, também por italianos. Berço da escravidão, preserva até hoje comunidades quilombolas. São Mateus se orgulha dos seus sobrados, coloridos casarões coloniais e das igrejas jesuítas dos séculos 18 e 19.

Muitos capixabas conhecem as praias deste município, até porque são 43 quilômetros de litoral, onde estão as praias:

 

 

Guriri é a principal praia do município e também uma das mais visitadas. Localizada a 12 km do Centro, esta ilha paradisíaca era ocupada por uma espécie de coqueiro de tamanho reduzido. A animada praia é a mais concorrida pelos turistas que querem curtir o Carnaval. Possui águas agitadas e mornas, formando piscinas naturais na maré baixa.

Desde 1988, a praia de Guriri abriga o Projeto Tamar, uma iniciativa de proteção às tartarugas. Há também um centro de visitantes que funciona como Museu Aberto das Tartarugas Marinhas onde é possível ver um aquário e dois tanques de observação de tartarugas, réplicas e silhuetas em tamanho. Na temporada reprodutiva, durante o verão, é permitido observar de perto a desova de tartarugas que ocorre entre os meses de setembro a março. A soltura dos filhotes acontece nos finais da tarde. Quatro das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo desovam em Guriri.

Localizada na foz do Rio Mariricu, a Praia Barra Nova possui uma pequena vila de pescadores, manguezais, lagoas, arrecifes, além de uma boa infraestrutura com pedalinhos e quiosques com boas opções de bares e restaurantes. Barra Nova é a mais tranquila e a preferida dos aventureiros, seu acesso é pela estrada de terra do Ranchinho, mas durante a maré baixa, é possível chegar pela areia da praia. É aqui que o rio Cricaré se encontra com o mar.

Se você procura sossego a dica é a Praia do Bosque. A e tem um ambiente muito familiar. É possível aproveitar uma boa infraestrutura turística, com barraquinhas de praia e ótimos restaurantes, além de uma área arborizada e aconchegante, ideal para relaxar, ler um bom livro ou fazer caminhadas.

A praia de Urussuquara (em tupi significa ‘oca do uru grande’) fica na divisa com o município de Linhares, numa vila de pescadores cercada por árvores nativas, manguezais, rio, vegetação de restinga, areia fina e amarelada, dunas, um trecho com Mata Atlântica e a foz do Rio Barra Seca. A região também conta com uma ótima infraestrutura com opções de quiosques e passeio de buggy.

Tive a oportunidade de conhecer Urussuquara totalmente por acaso, e adorei, bem sossegada, muito agradável passar um dia por lá e linda, não é à toa que ela vem sendo chamada de Caribe capixaba, e você, já foi conferir?

Além dessas 4 praias, também tem a praia do Abricó, Aldeia do Coco, Brejo Velho, Caramujo, Gameleira, Campo Grande, Oitizeiro e Ranchinho.

 

Com um litoral cheio de atrações, São Mateus também conta com belíssimas atrações históricas, entre elas estão as Ruínas da Igreja Velha, símbolo do município e o principal cartão postal, a igreja do século XIX, foi toda projetada em estilo colonial, mas ao contrário do que muitos pensam, nunca chegou a funcionar como igreja. Sua construção teve início no século XIX, a pedido dos Jesuítas, foi projetada para ter mais de 300 m de comprimento, com intuito de ser o maior templo religioso da cidade. Suas paredes foram construídas com conchas, óleo de baleia e areia do mar para dar a liga e sustentabilidade as enormes e largas paredes. A obra foi paralisada em 1853 por redução de gastos.

O Porto de São Mateus é um local cheio de histórias locais, com seu casario, um conjunto de prédios, casas e construções do século XVIII tendo o Rio São Mateus bem em frente. Conhecer e entrar nos casarões, sentar para ver o rio é uma delícia, ideal para um fim de tarde, onde dá pra ver um entardecer lindo!

 

Casario do Porto de São Mateus é um conjunto de prédios e casarões, às margens do rio São Mateus, construídos em alvenaria de pedra, com as paredes internas e laterais em estuqueno, no final do século XVIII. A construção deu origem a um grande aglomerado de casas em torno de um largo que servia como terreiro para a carga e descarga dos navios que aportavam em São Mateus. Os casarões foram tombados pelo Conselho Estadual de Cultura em 1976.

São Mateus foi a primeira cidade do Espírito Santo a possuir um teatro, dando assim mais uma opção da vida cultural do município. Na vida religiosa, construída pelos jesuítas no século XVIII, a Igreja Matriz é localizada no centro da cidade é uma das mais antigas do Estado e a mais velha do município. O atrativo já passou por algumas reformas, uma delas, em 1949 foi decorrente de um incêndio que destruiu o local parcialmente.

Igreja de São Benedito: Localizada na praça com o mesmo nome, a Igreja de São Benedito foi construída pelos jesuítas no início do século XVIII.

 

A Capela de Nossa Senhora dos Navegantes datada de 1975 fica na praia de Guriri, por isso, também é conhecida como Capelinha de Guriri.

Quem passa em frente a casa fica confuso com a casa Casa de cabeça para baixo é que o Sr Valdivino Miguel da Silva, que é pedreiro decidiu construir a casa dele assim, diferente, e o atrativo ficou bem famoso. Mesmo de ponta cabeça, incluindo a casinha do cachorro, no seu interior funciona como uma casa normal. E para quem ficou curioso e quer viver a experiência de morar numa casa invertida, ela está disponível para alugar… Um divertidíssimo passeio que mexe com nosso imaginário infantil, você vai adorar!

Na Cachoeira do Inferno existe ruínas de uma barragem desativada nesta cachoeira, dizem que foi desativada devido ao grande risco de afogamento no local, hoje apesar do volume de água ser menor, possui pequenos poços bons para banho que reúne uma galera animada que deseja se refrescar. Segundo moradores, recebeu este nome porque havia um poço que morria muita gente. Tem ainda a Cachoeira da Jararaca e a Cachoeira do Cravo.

Biquinha é um reservatório de água construído em 1880, com um sistema de captação de água das nascentes do vale do rio São Mateus. O reservatório levava água potável, por gravidade, até o chafariz do Porto, em meados da década de 1960. Biquinha integra o Patrimônio Histórico de São Mateus.

Praça Amélia Boroto, Praça do Mirante, Praça São Mateus e a Praça Mesquita Neto são as praças da cidade.

África-Brasil Museu Intercontinental, Museu Histórico Municipal, Museu Eclesiástico de Arte Sacra, Museu da Imagem e Som, Mirante, Casa de Câmera e Cadeia, Museu da Saúde e o Museu Diocesano da Arte são de fáceis acessos.

Casa da Estrada de Ferro, Casa do Artesão, Catedral, Cine – Teatro Shopping Porto, Farinheiras (Quitungos), Guriri Beach Acqua Park, Largo do Chafariz e o Mercado Municipal são outras opções de atrações turísticas.

 

E assim, foi minha passagem pelo município de São Mateus… Fica aqui a minha sugestão. Prontos para a próxima viagem? Continuem acompanhando a coluna e o programa DAQUIPRALI na Rede TV! E quero a participação de vocês através do Instagram @daquipraliviagem. Me conta se você conhece a região e o que você achou da cidade. Até a próxima!



FOTOS: DAQUIPRALI, GOVERNO DO ESTADO DO ES, PREFEITURA DE SÃO MATEUS, TADEU BIANCONI, MDRONES E YURI BARICHIVICH

Geylla Sall

SÃO MATEUS

"MATEENSE"

Os primeiros colonizadores portugueses chegaram a São Mateus por volta de 1544. É uma das cidades mais antigas do país, berço da escravidão e que preserva até hoje comunidades quilombolas.

A característica principal da economia de São Mateus é a sua diversificação. A agricultura, pecuária e fruticultura são atividades fortíssimas no Município. Também merece destaque especial o petróleo, explorado desde os anos 60. Além disso, o comércio local é referência no norte do Estado e extremo sul da Bahia.

Há poucos registros sobre a povoação da cidade. A vila de São Mateus passou a ser subordinada ao governo do Estado da Bahia e, a partir desse momento, houve um grande crescimento, pois muitas famílias baianas de renome vinham morar na Vila.

 

A Vila de São Mateus virou Município pelo Ato Provincial de 03 de abril de 1848, mas a celebração ocorre no dia 21 de setembro, início da colonização européia, em 1544. A origem do nome remete à visita do padre José de Anchieta à cidade num dia 21 de setembro, data que é celebrada em homenagem ao Evangelista São Mateus.

Até o final da década de 1940, os meios de transporte de passageiros e mercadoria utilizados para toda a região norte do Espírito Santo eram os animais (cavalos e tropas de muares). Havia também uma ferrovia, e intenso movimento no Porto, com pequenas embarcações. Vendiam-se mercadorias na Vila e Interior, como Barra de São Francisco, Nova Venécia, Boa Esperança, Jaguaré, etc – todas pertenciam ao território de São Mateus. Devido a pouca profundidade e largura do rio em alguns lugares, os navios só podiam entrar ou sair da cidade a cada 15 dias, nas luas cheias e novas, períodos em que as marés são mais altas.

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo – SETUR/ES 

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