Muniz Freire

Um passeio por Muniz Freire, a cidade amizade

O município Muniz Freire foi colonizado em 1846, por imigrantes italianos, vindos para substituir o trabalho escravo nas lavouras de café. Localizado em uma das mais belas regiões do Espírito Santo, o Caparaó, o município de Muniz Freire abriga um riquíssimo potencial turístico e histórico, ainda pouco explorado. Muniz Freire também é conhecida como Cidade Amizade, e foi nessa amistosa cidade que passei um fim de semana e deu pra conhecer bastante coisa, começando pelo centro com seus casarios históricos, onde está a maioria das atrações, entre elas:

Praça Divino Espírito Santo é uma praça gostosa de ficar para passar o tempo, possui muitas árvores centenárias, alguns monumentos e também um coreto.

Tem esta outra praça também que fica ao lado do Morro do Cruzeiro com uma bandeira do Brasil e no caminho casas que tornam a paisagem interessante.

Ainda no centro, fui conhecer a Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, sua construção teve início em 1950, após 15 anos a igreja foi inaugurada. Sua arquitetura é basicamente no estilo neogótico, e uma curiosidade é que a mesa eucarística usada até hoje é uma réplica fiel de uma igreja em Roma, os arcos do interior da igreja são bem bonitos assim como as janelas com seus vitrais coloridos retratando imagens bíblicas.

 

Igreja de São Cristovão recebe em julho a festa do seu padroeiro prestigiada pelos moradores da cidade.

Ainda falando de turismo religioso minha próxima visita foi no Morro do Cruzeiro cujo diferencial é o acesso que se dá através de rampas em zig-zag, no percurso passei pelas 14 estações da Paixão de Cristo, marcadas por 14 micro capelinhas que ficam nos extremos de cada ponta subida do morro, e no topo está uma pequena capela construída em meados de 1915 e uma cruz de 12 metros.

Descendo do Morro fui para Casa da Cultura Renato Chrispim Aguilar, sediada num prédio de dois andares construído em 1927, onde também está o Museu Histórico Municipal, que abriga toda a memória de Muniz Freire. O local conta com um auditório e uma Galeria com fotos dos ex-prefeitos da cidade e objetos antigos como telefones, bicicletas, rádios, histórias de ex combatentes Muniz-freirenses entre muitos outros objetos.

Em frente à Casa da Cultura está a Torre do relógio, fiquei encantada com este monumento, fiquei sabendo que é uma homenagem aos imigrantes italianos da cidade, a torre é uma fonte-chafariz, mas estava desligava, infelizmente não vi em funcionamento.

Entre cachoeiras e vales

Cachoeira Amorim, Cachoeira de Santo Antônio, Cachoeira de Tombos, Cachoeira dos Buenos, Cachoeiro do Sumidouro e a Cachoeira do Rio Pardo, não é permitida a entrada, mas fica num lugar bem alto e dependendo de onde você estiver na cidade, dá pra avistar sua beleza. O município totaliza 17 cachoeiras para você escolher e se refrescar.

 

Cachoeira do Muladeiro tem uma história interessante, diz a lenda que um senhor que levava mulas para vender de um lugar para outro parou nesta cachoeira para descansar, e alguém seguiu por saber que ele tinha dinheiro da venda da mula e o matou para ficar com o dinheiro, próximo a cachoeira tem uma cruz que mostra o exato local da morte do muladeiro.

Cachoeira de Santa Rosa ou Cachoeira dos “Pimenta” ou ainda, Cachoeira Menino Jesus, está no distrito de Menino Jesus, ela agrada pelas águas transparentes e piscinas naturais. O acesso se dá através de estrada de chão batido, possui 4 poços todos excelentes para banho e estacionamento, não possui infraestrutura, sendo assim se for passar o dia, o ideal é levar sua alimentação.

Belezas naturais é o que não faltam

Num território tão vasto, belezas naturais é o que não faltam. A chegada ao município já é de tirar o fôlego. Se você for pela BR-262, vai se deparar com o Vale do Guarani, um dos cartões postais da cidade.

 

Saindo do município em direção a Castelo, pela ES -379, você vai se deparar com uma vista belíssima de Muniz Freire, essa vista é o Vale do Apolinário que não tem como não admirar.

A caminho de Iúna, no distrito de São Pedro, se encontra o Seio de Abraão um dos pontos mais altos da cidade, onde é possível avistar o Caparaó. O monumento natural fica na Serra do Valentim, uma das maiores áreas de mata nativa preservada do município e local de trilha de fim de semana para os mais aventureiros.

Morro de São Cristovão conhecido também como Morro da Embratel, por ter a torre da Embratel, é lá que a prática de voo livre é realizada pelos aventureiros de plantão.

Fazenda Santa Maria, uma das mais antigas da região, é preservada até hoje, um local cheio de história, uma memória viva do período colonial, quando imperava a monocultura do café. A fazenda ainda guardava peças da época da escravidão no Brasil, mas por vergonha do que acontecia ali, o dono fez uma enorme fogueira no meio do terreno e queimou tudo que fazia referência aos maus tratos dos escravos. Hoje, onde era a senzala possui máquinas e equipamentos de colheita de café. A fazenda ainda conta com uma nascente.

Associação dos Atletas do Banco do Brasil – AABB é um local é um clube com piscina e área de lazer, restaurante e lanchonete. Para usufruir do espaço é cobrado uma pequena taxa na entrada.

 

O antigo Pesque-Pague do Carlinhos mudou de direção e passou a se chamar Sítio Vista linda, uma pousada com haras, cachoeira e restaurante que também recebe grandes grupos nos seus alojamentos. A entrada é gratuita, pode levar alimentação, mas é preciso consumir a bebida no local. Outra opção na mesma linha é o Pesque-Pague do João Godinho.

 

Antigamente a energia elétrica de Muniz Freire vinha da antiga Usina da Cachoeira do Rio Pardo, que está desativada há décadas, a antiga usina ainda mantém sua estrutura, inclusive as antigas turbinas. A ideia é transformar o local em um centro cultural, um museu da energia.

Pontos turísticos que não fui: Gruta dos Briosques, local que dá para fazer rapel; o Parque de exposições e a Rodoviária que possui várias lojinhas.

 

E assim, foi minha passagem pelo município de Muniz Freire… Fica aqui a minha sugestão. Prontos para a próxima viagem? Continuem acompanhando a coluna e o programa DAQUIPRALI na Rede TV! E quero a participação de vocês através do Instagram @daquipraliviagem. Me conta se você conhece a região e o que você achou da cidade. Até a próxima!

 

FOTOS: DAQUIPRALI, GOVERNO DO ESTADO DO ES E PREFEITURA DE MUNIZ FREIRE

Geylla Sall

MUNIZ FREIRE

"munizfreirense"

A Cidade Amizade foi colonizada em 1846, por imigrantes italianos, vindos para substituir o trabalho escravo nas lavouras de café e teve como primeiros desbravadores o Capitão Machado Santiago Louzada, um veterano da Guerra dos Farrapos, e Domingos Apolinário, um aventureiro que “gostava e lutar com feras” e que possuía terras nas áreas vizinhas, a atual Serra do Apolinário.

 

A fertilidade do solo para o cultivo de café e cereais, além das condições climáticas, foram as causas do movimento migratório que anos mais tarde, propiciou à região um desenvolvimento de vulto. O município foi criado em 11 de novembro de 1890, pelo Decreto nº 53, desmembrado de Cachoeiro de Itapemirim, sob a denominação de Espírito Santo do Rio Pardo, ocorrendo a sua instalação em 01 de março de 1891. A Lei nº 213 de 30 de novembro de 1896 eleva sua sede à categoria de cidade e altera-lhe o topônimo para Muniz Freire, uma homenagem prestada ao republicano Moniz Freire, várias vezes Presidente da Assembleia Legislativa, Senador e Governador do Estado do Espírito Santo.

 

Em 1933, o município ficou composto de quatro distritos: Muniz Freire, Itaipava, Conceição do Norte e Vieira Machado. No ano de 1948, ficaram estabelecidos em Decreto-Lei como distritos de Muniz Freire: Itaici (ex-Itaipava), Vieira Machado e Piaçu (ex-Conceição do Norte). Atualmente, existem além desses, o distrito de Menino Jesus e o Distrito de São Pedro. O município viveu praticamente isolado do resto do Estado devido às condições geográficas e pelas escassas vias de acesso. A construção da estrada de rodagem ES-379, ligando Muniz Freire a Castelo, só foi viabilizada após a década de 1920. 

 

 

A Sede do município foi área doada por Domingos Apolinário para o primeiro povoado da região, que surgiu por estar no centro das rotas das tropas que transportavam a produção local. Muniz Freire foi colonizada. O maior impulso econômico experimentado no município deveu-se à inauguração da BR-262, ligando Vitória a Belo Horizonte.

 

 

Muniz-freirense – relativo a Muniz Freire – teve o nome dado em homenagem ao Dr. José de Carvalho Mello Moniz Freire, governador do Espírito Santo nos períodos de 1892/1896 e 1900/1904.

 

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo – SETUR/ES 

VÍDEO BAIXO GUANDU

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